por TZIPORA RIMON
"POR DOIS longos anos, as famílias dos soldados israelenses da reserva Eldad Regev e Ehud Goldwasser aguardaram notícias com grande agonia. Por dois anos, questionaram se seus filhos estavam vivos ou mortos e conviveram com o fato de que, embora o sangue tivesse sido encontrado no local do seqüestro, não havia certeza de que seus amados tinham recebido tratamento médico.
Essa é a forma mais cruel de tortura que o Hizbollah deliberadamente infligiu às famílias. O povo de Israel também aguardou notícias, demonstrando grande consternação com o sofrimento dessas famílias, e todo israelense sabe que era apenas uma questão de azar o seqüestro desses dois soldados em particular e que isso poderia ter acontecido com um familiar ou amigo. Eles foram seqüestrados em 12/7/2006. Patrulhavam uma cerca próxima à fronteira quando o Hizbollah lançou um ataque através da fronteira visando seqüestrar qualquer cidadão israelense.
Os israelenses também têm sua parcela de responsabilidade por Eldad e Ehud. Um dos valores mais importantes de Israel é o cuidado com os jovens que arriscam suas vidas para defender a população civil.
Esse princípio está arraigado na cultura israelense, emanando de nosso senso de moralidade e solidariedade, assim como de nossa ética judaica. Faz parte de nosso grande respeito pela vida, respeito tão profundo que Israel se prontificou a agir mesmo diante da menor esperança de vida.
Em apoio a esse valor supremo, Israel decidiu pagar um preço caro para o retorno de seus dois filhos. A intransigência do Hizbollah não tem tamanho, recusando-se a entrar em acordo, mesmo ao custo da guerra.
Rejeitar a oferta apenas levaria a mais sofrimento e não ajudaria na obtenção de melhores termos. Israel concordou com a libertação de quatro membros do Hizbollah e do terrorista Samir Kuntar. Para o Hizbollah, Kuntar é um grande herói. Para Israel e o restante do mundo civilizado, é um dos terroristas mais desprezíveis.
Kuntar era membro da OLP (Organização para a Libertação da Palestina), que se infiltrou no norte de Israel pelo mar em 21/4/1979. No calar da noite, invadiram um prédio, capturando Danny Haran e sua filha Anat, de quatro anos de idade, enquanto o resto da família se escondeu.
Quando chegaram ao litoral, Kuntar fez que a pequena Anat o visse dar um tiro à queima-roupa em seu pai e, logo em seguida, matou a menina, esmagando sua cabeça em uma pedra com a coronha do rifle.
Entrementes, a mãe da família, escondida em um armário com a sua filhinha de dois anos, Yael, acidentalmente sufocou a própria filha enquanto tentava abafar o choro dela e evitar que Kuntar as encontrasse. Kuntar também tem responsabilidade por essa morte, bem como pela de um policial, Elyahu Shachar.
Esse é o assassino de crianças que está sendo saudado com ovações e paradas pelo Hizbollah. Esse é o assassino brutal cuja libertação será considerada uma vitória pelos extremistas em toda a região.
Como parte do acordo, o Hizbollah também receberá os corpos dos mortos na Segunda Guerra do Líbano ou em ataques infiltrados em Israel. Entre os mortos estará uma mulher, Dalal al-Maghrabi, que comandou o ataque a Israel que ficou conhecido como massacre da estrada costeira, de 1978. Naquela atrocidade, 37 israelenses perderam a vida. Essa é a assassina cujo corpo terá um funeral de heroína. Essa é a assassina brutal que será a heroína idolatrada pelos membros do Hizbollah.
O Hizbollah é uma organização terrorista extremista patrocinada pelo Irã. Se o passado e o presente forem qualquer indicação do futuro, a organização terrorista continuará a comemorar os assassinos de sangue frio como ídolos de seu "ethos" de violência.
Ela continuará em sua obsessão de destruir Israel e desestabilizar o Líbano -como ocorreu há dois anos, quando o Hizbollah começou uma guerra ao sul do Líbano, em ruidosa desconsideração ao impacto causado na população local.
Que não haja erros: enquanto Israel tem um imperativo moral de trazer seus soldados para casa, rejeita qualquer esforço para legitimar o Hizbollah, seus objetivos e táticas. A comunidade internacional deve reconhecer o perigo representado pelo Hizbollah e seu bando extremista à estabilidade do Oriente Médio e deve apoiar os elementos pragmáticos na região, que desejam fazer a paz por meio do diálogo e do compromisso."
TZIPORA RIMON é embaixadora de Israel no Brasil.
Oi seu blog é bem legal,conteúdo interessnte, parabéns. Vc é judeu?
ResponderExcluirhum, nada não é que simpatizo com a cultura judaica e isso se deu depois de atuar em uma peça chamada "Branca" inspirada no Santo Inquérito de Dias Gomes, no qual tive que entender um pouco dessa cultura que ia um pouco além do que é de praxe sabermos(guerras e perseguições), fiquei impressionada com toda influência que há aqui no nordeste, pessoas as vezes de zonas rurais bem afastadas que fazem rituais sem ter a mínima noção dessa origem.
Abraço pra vc tudo de bom.
Que eu saiba não, mas tem uma parte da minha família que a gente desconfia ser de Cristão Novo, mas não da para saber.
ResponderExcluirQue bom que você gostou do blog. Abraços.