Na Folha online:
"General critica governo e PT antes de debate
07 de Agosto de 2008
O presidente do Clube Militar, general Gilberto Figueiredo, criticou duramente o ministro da Justiça, Tarso Genro, na quarta-feira, véspera de um debate da entidade sobre a Lei de Anistia. Na semana passada, Tarso contestou a lei, dizendo que os agentes de segurança do estado que praticaram torturas e assassinatos durante o regime militar (1964-1985) devem responder a processos como criminosos comuns.
De acordo com Figueiredo, Tarso provocou um debate "débil" com suas propostas referentes aos militares. Se o ministro "faz questão de lamber feridas", disse o general, o governo deveria deixar de lado "as que já estão em processo de cicatrização" e voltar-se "para algumas mais recentes, ainda à espera de esclarecimento". A referência foi a casos como o assassinato do petista Celso Daniel e o escândalo do mensalão.
Figueiredo lembrou ainda dos "indícios de ligações de membros da cúpula governamental com as Farc". Segundo ele, essas "feridas" foram "blindadas pelo governo", mas deveriam ser discutidas publicamente. Figueiredo disse ainda que "há uma estranha afeição dos companheiros do ministro com o seqüestro e os seqüestradores, um dos crimes mais infames, ao lado da tortura que o ministro tanto abomina".
O general lembrou ainda do assassinato de um marinheiro inglês de 19 anos metralhado no Rio de Janeiro por terroristas em 1972. "Segundo tal critério, qual dos crimes praticados pelo outro lado seria político? Talvez o do companheiro de ideologia do ministro que assassinou friamente um marinheiro inglês, recentemente desembarcado na Praça Mauá, apenas porque era um representante do capitalismo burguês."
De acordo com reportagem publicada nesta quinta-feira pelo jornal O Estado de S. Paulo, o general também reclamou do "extraordinário empenho de altos membros do partido do ministro no sentido de liberar os seqüestradores do empresário Abílio Diniz". Segundo o militar, o seqüestro é um dos meios usados pelas Farc para obter dinheiro para sua sobrevivência, e há "suspeita de ligações estreitas" com petistas."
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