sexta-feira, julho 29, 2005

Os Macacos Gordos de Cara Feia


Muitas espécies tem entrado em processo de extinção devido à ação do homem, seja pela caça indiscriminada e destruição de seus habitats. O Macaco Gordo de Cara Feia (Simium obesus) é uma excessão. Ele vive numa montanha no meio da selva, sem contato nenhum com o homem. Alguns pesquisadores acreditam a toda a culpa de sua extinção é dos próprios Macacos Gordos.

O Macaco Gordo passa metade do seu tempo procurando comida, mas a outra metade do tempo eles ficam se chateando mutuamente. Eles ficam andando de maneira abobalhada de um lado para o outro e fazendo o ruído típico: "Uh-Uh". Além disso, sempre que pode um membro da espécie cutuca outro membro. Nínguem sabe o que mantém os grupos de macacos coesos, o que se sabe é que eles ficam tristes quando estão sozinho. Alguns pesquisadores dizem que eles sentem falta de alguém para chatear, mas isso não foi comprovado.

O que dificulta a reprodução deste curioso símio é um comportamento estranho entre os machos e as fêmeas, como se eles não se suportassem. Alguns pesquisadores sugeriram dar álcool para os bichos para ver se isso resolve o problema. Mas os ecologistas rejeitaram veementemente esta sugestão.

Pesquisadores mais exaltados afirmam que é um milagre um bicho tão idiota ainda não estar extinto e indicam o Simium obesus como um exemplo na qual a evolução não funcionou muito bem, o que atraiu a atenção de grupos criacionistas para a vida desta criatura singular.

O suicídio

O homem quase inofensivo senta diante da sua escrivaninha no seu quarto de pensão e começa e redigir a sua carta de suicídio:

"Minha vida não fazia mais sentido. Todos me ignoram, nada que eu faço leva à alguma coisa. Há dois meses que o dono me pensão não me cobra o aluguel, acho que ele esqueceu que eu existo, era a única pessoa que ainda falava comigo. Escrevo esta carta final, mas acredito que nínguem vai ler ela."

Antes de continuar ele lembra que tem fome. Pensando bem, não deve ser legal se matar com fome, além disso ele aproveita para pegar uma faca na cozinha para poder cortar os pulsos. Chegando na cozinha ele encontra uma barra de chocolate mordida em cima da mesa. Não é legal pegar a comida dos outros moradores da pensão, mas como ele ia se matar mesmo não estava se importanto muito com reclamações futuras.

Ele come quase que a barra inteira. "Hmmm, chocolate", ele pensa. Ele pega a faca e volta para o quarto. Mas chegando lá ele muda de idéia. "Ainda estou com fome, acho que eu vou no habib's".

O asssassino

O homem caminha tranquilamente pelo centro da agitada metropolis. Ele esta pensando como a vida é boa e tudo tem dado certo na vida dele quando sente um pouco de fome. Ele para numa barraquinha sob a marquisa de um edifício antigo para comer um delcicioso churraco grego. Antes que o vendedor lhe entregue o suco uma bigorna de 5 tonelas cai na cabeça do pacato cidadão.

Igor P. Value que obeserva tudo a distância sorri e admira a eficiência e a assinatura inconfundível do assassino que havia contratado. O nome dele era El Coyote.

El Coyote passara toda a sua vida perseguindo uma criatura infernal, que era impossível de ser pega.
Ele sofreu tudo que um homem podia sofrer, foi esmagado, explodido, atropelado por caminhões, jogado de precpícios, mas mesmo assim continuou na sua caçada. Nestes anos de estrágias e planos, todos eles ineficientes contra a criatura matreira, ele desenvolveu ao máximo a sua técnica única de assinato.

O artista

Richard Wiseman seria uma pessoa de grande sucesso na Roma antiga, na Espanha colonialista ou qualquer outro lugar que precisasse de alguém com um instinto natural para matar pessoas. Mas nasceu em uma família de artista, intelectuais e pacifista. Nunca lhe deram uma arma de brinquedo, ou deixaram ele brincar de soldado, o que tornou ele uma criança deprimida e frustrada. Ao invés disso os pais lhe deram pinceis, massinha e coisas do tipo. Devido à sua inteligência e habilidade manual ele se saiu muito bem e virou um ótimo artista plástico. Só que a violência que havia dentro dele fazia com que a sua arte fosse negra e depressiva, o que lhe trouxe um bom sucesso.

Só na idade adulta, quando pode se sustentar sozinho com o seu trabalho e longe da influência dos pais ele pode soltar a sua violência. No inicio ele assistia lutas de vale-tudo, depois veio os jogos violentos de video-game e algum tempo depos ele começou a estudar artes marciais, esgrima e tiro.

A primeira vez que foi caçar, a paz tomou conta do seu corpo quando ele desvicerava um coelho. Isto passou a se refletir na sua arte, que se tornou a ser alegre e otimista, o que afastou todos os seus compradores e o levou a falência.

Os programadores

Dois programadores conversam lado a lado via ICQ. Para manter o anonimato vamos chama-los de P1 e P2.

P1: Você já se apaixonou?
P2: Uma vez uma garota ficou interssada em mim.
P1: O que aconteceu?
P2: Com o tempo ela foi me conhecendo melhor e o que era somente um leve intersse virou puro despreso. Hoje ela tem um mandato judicial que me impede de chegar 50m dela.
P1: Que chato. Eu uma vez me apaixounei por uma garota, mandava cartas ternas e apaixonadas para ela. Depois de algum tempo ela me denunciou como spammer.
P2: Meu problema antigamente é que eu achava que as pessoas, principalemente as mulheres não me davam o devido valor. Agora eu vejo que me valorizavam até mais do que eu valho.
P1: Eu também me achava um incompreendido, agora eu vejo que eu sou chato mesmo.
P2: Mas consegui superar isto tudo, agora eu me dedico à me desapegar de todas as coisas. A melhor politica quando não se pode ter nada, é não desejar nada, isto evita o sofrimento e a conta bancária negativa.
P1: Eu também, procuro me afastar da ilusão do mundo através da contemplação das coisas que não fazem sentido.
P2: Como os nosso programas.

A horda

Em uma pacata cidade do meio-oeste americano, Billy Bob se empanturra de comida gordurosa, açucarada ou ambos. Ele está alegremente assistindo o seu reality show favorito onde pessoas comuns são colocadas em uma réplica de uma tecelagem inglesa do século XVIII. Cada competidor tem que trabalhar 14 horas por dia, quem cair está desclassificado. No programa de hoje os competidores tem que organizar um greve.

Billy começa a sentir um cheiro de couro crú, ele se dirige até a cozinha, de onde aparentemente o odor está vindo, mas é surpreendido por algo que atravessa a sua janela e vai parar na fincado na parede oposta, é uma machado, mas não machado qualquer, é muito maior, possui láminas nos seus dois lados e o seu cabo de madeira está todo decorado. Ele não tem muito tempo para pensar no que está acontecendo porque logo em seguida entra o dono do machado pela janela. O homem é barbudo e cabelo, ele usa um capacete de chifres e está vestindo uma roupa de couro crú. O homem grunhe e diz coisas incompreensíveis, que soam como um bar, bar,bar.

O probre homem corre para o lado oposto e encontra outra pessoa semelhante saindo da sua cozinha, o capacete dele não tem chifres e em uma das mãos há uma enorme maça de ferro fundido e na outra o frango que Billy ia comer depois do programa. Billy fica muito revoltado porque essas pessoas estranhas e agressivas estão entrando na sua casa, porque justo a sua casa. Mas antes que ele consiga pensar em uma resposta a sua cabeça é esmagada pela obtusa peça de metal do homem do capacete sem chifres.

O que Billy não sabia é que não era nada específicamente contra ele pois todas as casas de sua pacata cidadezinha estavam sendo atacadas por homem semelhantes, muitas delas inclusive já estavam pegando fogo e tudo de valor que podia ser encontrado e todas as garotas que não haviam sido mortas estava sendo carregado para um enorme barco.

As invasões bárbaras estavam se alastrando. Quatro cidadezinhas já haviam sido destruídas pelas hordas incivilizadas. A CIA, o FBI e o exército estavam desesperadamente procurando a origem, mas os bárbaros pareciam brotar da terra.

Mas na última cidade eles haviam encontrado um sobrevivente, um professor de história. Ele foi interrogado:

"Foi horrível, os policiais atiravam, e mataram diversos selvagens, mas eles eram uma onda humana, para cada um que caia surgiam mais três!" - O pobre homem começa a rir histericamente.

"Mas o senhor tem alguma pista da origem da horda?" - Pergunta o homem de preto.

"Pista! Eu sei de tudo! Foram os garotos!" - Mais risadas histéricas.

"Que garotos?"

"Os adolescentes da cidade, se organizaram em um horda de bárbaros e destruiram tudo, eu reconheci vários alunos meus."

"Mas como? Isso é um absurdo."

"Concordo, nunca achei que eles fossem capazes disso."

"Sim é um absurdo, como esses bons jovens americanos iam praticar tal selvageria."

"Não é isso! Como eles foram capazes de se organizar!?"

"Mas e a linguagem? Os grunhidos?"

"Você precisava ver a ortografia deles."

"E os pais, não acharam estranho os filhos se transformarem em selvagens destruidores?"

"Eles acharam que era uma fase e que ia passar, mas quando surgiu a moda de usar roupas de couro cru devo admitir que alguns ficaram preocupados."

"Mas todos participaram disso, ou foi um grupo de desajustados?"

"Não, todos não. Somente os que não estavam chapados."

O homem parecia insano, mas mesmo assim os especialistas se reuniram para discutir. Não chegaram a conclusão nenhuma, mas um estudo descobriu que a cultura de um estudante médio de segundo grau é um pouco pior que a de um viking do século XIV.

Manifesto Socialista Bárbaro

A bárbarie também passou por uma revolução industrial, hoje ela não mais praticada artesanalmente como no passado. Antes o bárbaro era um artesão que dominava todo o processo de morte, destruição e genocídio. Hoje o bárbaro foi rebaixado à um agente do capitalismo.

Hoje se mata em larga escala sem contato humano. O bárbaro de antigamente tinha que matar as pessoas uma por uma, pessoalmente, dava até para conhecer um pouco da pessoa antes de cortar o pescoço dela ou então sentir os miolos espirrando em você quando a cabeça era arrebentada com um porrete.

Hoje em dia a morte é limpa e a distância. Tantes, metralhadoras e fuzis tiram toda a originalidade do processo. Antes você tinha que por fogo casa por casa para destruir uma vila, hoje em dia se joga bombas ou napalm (O filme Corações e Mentes é bem ilustrativo).

Antes você tinha que estar realmente muito chateado com um povo para querer fazer um genocídio, dava muito trabalho. Hoje genocídios são feitos como parte de campanhas de marketing.

Schopenhauer



Schopenhauer escreveu o "Ensaio sobre o pessimismo". O que poucos sabem é que esse filósofo era atormentado pelo péssimo corte de cabelo e que escreveu também o "Ensaio sobre a miséria capilar". Alguns trecho foram preservados pelo seu cabeleireiro e confidente:

A não ser que um péssimo corte de cabelo seja o objetivo da sua vida, sua existência será uma falha completa. É absurdo ver a quantidade de penteados ruins que existem no mundo, e que não servem a nenhum propósito.

Nós somos como presas à espera da má tesoura que escolhe um ou outro ao acaso. Tanto é assim que na maior parte do tempo não estamos conscientes dos terríveis destinos que nos aguardam: franjas tortas, topetes grandes demais, gel bozzano e até mullets.

Não é uma pequena parte do tormento da existência que está nisso, pois o tempo está constantemente fazendo os nossos cabelos crescerem, levando ele para direções à quais não escolhemos.

Se dois homens são amigos na juventude e se encontram mais velhos, depois de terem se separado por muito tempo, o sentimento que eles vão ter ao olhar um para o outro vai ser de completo descontentamento, diante da perda de cabelos.

Dizem que Brahma criou o mundo por um erro de penteado, e está condenado à mantê-lo até se redimir. Já o Budismo diz que o mundo surgiu de distúrbio inexplicável no nirvana, como um ninho de mafuá. O estado abençoado deve ser novamente atingido pela concentração, o desapego ao mundo material e aos próprios cabelos. Mas não existe explicação para um deus como Jeová, que criou o mundo e os Menudos por puro capricho, e depois se rejubilou com o seu próprio trabalho.

O melhor consolo no infortúnio é olhar os cortes de cabelo piores que os seus, e essa é uma forma de consolo que está ao alcance de todos. Mas que destino horrível para a humanidade como um todo.

Koan: Sem palavras

Um monge perguntou para Fuketsu: "Sem palavras, sem silêncio, como você pode expressar a verdade?"

Fuketsu fechou a mão e extendeu o dedo médio.

Koan

Um dia Jizo recebeu um discípulo de Hofuku e perguntou para ele o que havia aprendido.

O discípulo disse: "Meu mestre me ensinou a fechar os meus olhos para não ver as merdas que os outros fazem, a tapar as milhas orelhas para não ouvir as merdas que os outros falam e parar a minha mente para não pensar em merda".

Jizo respondeu: "Eu não vou pedir para você fechar os olhos, mas você vai falar foda-se para as merdas que vê, não vou pedir para você tapar suas orelhas, mas você vai falar foda-se para as merdas que ouvir, não vou pedir para você parar a sua mente, mas você vai falar foda-se para as bobagens que pensar".

Chá

O mestre estava colocando o chá na xícara. O discipulo viu que o chá estava transbordando e molhando a mesa e disse:
- Mestre o senho não vê que o chá está transbordando?
E o mestre respondeu, foda-se. Nesse momento o discipulo atingiu o satori.

Sandwich

Os ingleses são um povo estranho, apesar da realeza, dos gramados impecáveis e do ritual do chá, eles não passam de bando de saxões. A civilidade de uma nação se mede pela sua culinária, e um povo que inventou o sandwich não pode ser civilizado.

Dentre todos os sandwichs o mais bárbaro é o churrasco com queijo. Pois não há a mínima possibilidade de civilização quando se come um bife no meio do pão, ainda mais com um monte de queijo, que insiste em escorrer para o lado contrário ao qual você está mordendo. O hambúrguer até que teve um bom começo. Ele surgiu no meio das hordas hunas que carregavam a carne no lombo do cavalo, debaixo da cela. Quando nem mesmo um huno conseguia mastigar essa carne, eles a moíam e faziam hambúrgueres. Mas surgiu o McDonald's, e a civilização absorveu o hambúrguer. Portanto à única ameaça à primazia bárbara do churrasco com queijo, é o lanche de mortadela.

O Brasil perdeu toda e qualquer esperança de ser civilizado quando inventou a feijoada. Já a Itália produziu um Michelangelo, um da Vinci, mas escorregou e criou a porpeta.

Ao contrário dos ingleses, os japoneses são civilizados até quando são bárbaros. Eles conseguiram fazer guerras, traições e assassinatos, tudo de maneira civilizada. Os japoneses conseguiram até civilizar a carne crua.