segunda-feira, setembro 26, 2005

The State of the onion

O criador do perl dá um discurso todo ano intitulado: "The State of the Onion". Estou lendo o desse ano, e é uma das coisas mais engraçadas que eu li nos últimos meses. Tem umas 10 páginas, mas vale
a pena: The State of the Onion

quinta-feira, setembro 15, 2005

Mudanças na playboy ao longo de meio século

Achei um site com as fotos de todas as fotos centrais da playboy americana . Podemos ver algumas tendências em cada década:

  • Anos 50: Somente aparecem os seios, que em geral são grandes. Garotas que pelos padrões atuais seriam consideradas "normais", nem gordas, nem saradas.
  • Anos 60: As fotos mostram mais o corpo das garotas, porém nunca mostram os pêlos púbianos. Ao longo da década as modelos vão ficando mais magras, vê-se diversas com "bariguinha".
  • Anos 70: Começam à aparecer os pêlos púbianos, no inicio discretamente, meio na sombra ou na contra luz, mas logo eles já são mostrados claramente, principalmente no final de década, com bastante volume. As modelos já tem um corpo bem mais malhado, próximo dos padrões atuais.
  • Anos 80: Seguem o mesmo padrão dos anos 70, só que as garotas ficam um pouco mais em forma, na segunda metade da década os pêlos começam depilados nos lados, seguindo a linha do biquine.
  • Anos 90: Continua a depilação nos lados, bem definida e que vai aumentando ao longo da década, muitas garotas aparam o resto para diminuir o volume.
  • Novo milênio: O fim dos pêlos púbianos, nos primeiros anos muitas garotas com somente uma faixa da pêlos acima do lábios, mas em 2005 vemos diversas garotas complemente depiladas.

Nesses 50 anos a playboy americana sempre privilegiou garotas com seios grandes, e que a criatividade dos fotografos é quase nula, o cenário, a temática e os acessórios não mudam nada em meio século. Podemos chamar a estória da playboy como "A descoberta dos Grandes Lábios", pois vou um trabalho lendo de ir mostrando aos poucos até mostra-la completamente, sem paninhos, toalhas ou pêlos encobrindo-a. Quem sabe daqui 20 anos possamos ver um grêlo.

Enquanto que a playboy é fascinada por peitos, a Hustler é obcecada por vaginas, grandes closes vaginais. Seré que algum dia teremos uma revista que mostre mulheres inteiras?

quarta-feira, setembro 14, 2005

Casa Vazia

Assisti Casa Vazia ontem, é muito bom mesmo. Preciso assistir de novo, mas não agora, é sempre bom dar um espaço de tempo para reassistir, tempo para que você mude o suficiente para poder enchergar o filme com outros olhos.

Uma das coisas que eu percebi é que o garoto é um monge, que ensina pelos atos, não pelas palavras. Dormir na casa dos outros é uma forma de se libertar da sua individualidade, no fim ela consegue se libertar ao ponto de ficar invisível. Consertar os objetos, lavar a roupa das pessoas é uma forma de pagar por ficar na casa das pessoas, é também uma demonstração de virtude, pois ele não precisava fazer, mas faz assim mesmo.

Um elemento importante é o taco de golfe. Ele agride o marido da garota com as bolinhas, e depois fica batendo na bolinha presa na árvore e maneira agressiva, vê-se que a garota não gosta e tenta
evitar que ele faça isso. Ele é punido depois quando acerta a menina no carro, e quando o marido se vinga.

A menina eu ainda não entendi, mas no final ela para de lutar contra o marido e o conflito some, mas apesar disso, o marido não a tem de volta.

No final tem o detalhe da balança que marca que o peso dos dois é zero, significa talvez que eles se libertaram do mundo, mas interessante notar que ela havia mexido na balança e pode ser
simplesmente que ela esteja quebrada.

terça-feira, setembro 13, 2005

Considerações sobre nerdice



Descobri essa semana as bands de nerds, bandas formadas por nerds. É bom ver que existem mais pessoas deprimidas, descrentes com o mundo e se expressando de maneira irônica e sarcastica. Por exemplo o início de "Drain the rain", do grupo Beta Band:

"This is the definition of my life
Lying in bed in the sunlight
Choking on the vitamin tablet
The doctor gave in the hope of saving me
In the hope of saving me
..."

Compara com Lithium do Nirvana, que é outra banda de deprimidos e revoltados:

"I’m so happy ’cause today
I’ve found my friends ...
They’re in my head
I’m so ugly, but that’s okay, ’cause so are you ...
We’ve broken our mirrors
..."

Na primeira vê-se uma ironia muito maior. Outra banda nerd é o Weezer, na música "In the Garage" eles até são esterioticamente nerds:

"In the garage, I feel safe.
No one cares about my ways.
In the garage, where I belong,
No one hears me sing this song."

Estou tentando definir quais são os elementos fundamentais do pensamento nerd. Acho que o mais importante é a insociabilidade, mas não a insociabilidade causada por pura timidez, que passa um um pouco de terapia ou álcool. A insociabilidade nerd é mais profunda, é causada por uma falta de vontade de se sociabilizar à qualquer preço.

Ter amigos, namoradas, etc, é muito bom e todo mundo pensa assim e gasta uma quantidade irracinal de tempo interagindo com as outras pessoas, o que cria uma dinâmica na qual os que não estão dispostos a seguir as regras do jogo são naturalmente excluídos.

Se sociabilizar toma muito tempo, você tem que adquirir a cultura do grupo à qual se quer participar, seja cultura musical, literária ou de moda. Ficar horas e horas reforçando os vínculos com as pessoas do seu grupo, em demonstrações de atenção muitas vezes vazias.

Outro aspecto importante dos nerds é a interiorização, é o olhar para dentro, a preocupação em se entender e entender o muno. Isso em geral leva à uma maior cultura, mas em compensação contribui ainda mais para a insociabilidade.

Por fim existe a revolta e a descrença para com o mundo, pois toda a cultura, a busca pela realidade e em geral a preocupação verdadeira para com as pessoas tem efeitos quase nulos quando se deseja interagir com as outras pessoas, pois o que realmente importa é saber jogar segunda as regras do jogo estúpido que a maioria das pessoas insiste em jogar.

PS: Muita informação e pouca estruturação nesse post, mas eu queria anotar essas idéias. Preciso desenvolvelas invidualmente no futuro.

sábado, setembro 10, 2005

Noitão no Belas Artes

Ontem teve o Noitão do HSBS Belas Artes. Já tinha ido no do Unibanco, mas no Belas Artes foi a primeira vez. Achei a seleção muito melhor, organizada em torndo de uma temática, com uma pré-estréia de verdade, sem data para ser lançada, e dois filme antigo, sendo um surpresa. No unibanco mês passado teve três pré-estréias, sem nenhuma relação, a não ser o fato de serem pré-estréias.

Eu adorei a seleção, filmes espanhois como temática. Na minha sala começou com "Labirinto das Paixões do Almodovar". Fazia 5 ou 6 anos que eu havia assistido esse filme, já não lembrava de quase nada. O filme é uma brincadeira do Almodovar no começo de carreira, mas já tem diversos elementos que aparecem recorrentemente nos seus filmes, homosexalismo, travestís, o exagero no visual, e outras coisas. Interessante compara com "Fale com ela", que é um filme do Almodovar maduro.

Em seguida teve o filme surpresa: "Os piores anos da minha vida". É sobre um moleque nerd que tem um irmão boa pinta que fica com todas as garotas, mas não liga para nenhuma, enquanto que ele se apaixona por todas as garotas, mas não fica com nenhuma. Eu gostei muito, o cara faz diversas coisas estúpidas que eu vivo fazendo. Muito, muito engraçado, humor no texto, na atuação.

Por último teve "Da Cama para a Fama", título imbecil em português, o original é "Torremolinos 73". É foda quando um autor escolhe um título relevante e vem os caras da distribuição e escolhem algo óbvio e apelativo. Bem, mas a estória é fantástica, é sobre um casal, um vendedor de enciclopédias e uma dona de casa, quase falidos, prestes a perder o emprego que começam a fazer filmes pornôs para um ramo da empresa de enciclopédias onde ele trabalha, e isso em plenos anos 60, na espanha moralista. A atuação do casal é ótima, e o final é muito bonito.

quinta-feira, setembro 08, 2005

Orgasmo feminino

Achei um artigo muito interessante sobre orgasmo feminino, não só interessante, como também instrutivo. A primeira descoberta é que a parte do clitóris que fica para fora é só a ponta de um orgão maior, além disso existem mais quatro pernas, como uma aranha, duas delas crescem por dentro, acompanhando os lábios. As outras duas seguem para o interior, acompanhando a uretra, até quase a bexiga.

Tal configuração do clitóris fez com que Masters e Johnson propusessem que o clitóris é o único responsável pelo orgasmo feminino, as pernas internas próximas da ureta seriam a explicação para o ponto G. Porém além do clitóris existe outro orgão, chamado glândulas de Skene que poderia ser o responsável.

Mas antes de discutir essas glândulas é preciso falar um pouco de desenvolimento fetal. Durante as primeiras semanas de vida o desenvolvimento do feto é igual para meninos e meninas, somente o cromossomo X age, o Y só se ativa depois. Nesse inicio já surgem algumas estruturas como por exemplo os mamilos, que no caso dos homens vira uma coisa inútil depois. Outra estrutura que surge é o clitóris, que nos homens dá se desenvolve sobre a ação dos genes do cromossomo Y e dá origem ao pênis, mas nas mulheres fica um orgão sub-desenvolvido, mas que não é tão inútil como o mamilo masculino, pois é um grande responsável pelo orgasmo feminino.

Mas voltando às glândulas de Skene, elas são o equivalente nas mulheres à prostata masculina, inclusive elas podem se encher de líquido e e provocar a ejaculação feminina, e tais sejam elas as responsáveis pelo ponto G, não o clitóris. Mas elas variam muito de tamanho de mulher para mulher, o que explica o fato de algumas terem orgasmo com penetração e outras não.

Por fim existe a questão da função biologica do orgasmo feminino, que aparentemente é nenhuma. O orgamos masculino está fortemente ligado à ejaculação e portanto à reprodução, mas o orgasmo feminino não possui nenhuma função reprodutiva, se tivesse as mulheres que não tem orgasmo teriam dificuldade para reproduzir, e portanto não passariam tais genes para frente, mas o fato de um quarto das mulheres terem dificuldade para atingir o orgasmo mostra que isso não ocorre.

Não ter uma função biológica não implica que ele não tenha nenhuma função. Estudos do comportamento dos macacos Bonobos, que são o único primata além do homem cujas fêmeas gozam, mostra que o orgasmo feminino faz com que as fêmeas copulem fora do período de cio, o que aparentemente aumenta a integração social do grupo e diminui os níveis de violência.

Por fim estudos indicam que existe uma terceira região que pode levar uma garota ao orgasmo, é a regição no fundo da vagina, perto do colo do útero. Essa região possui diversas terminações nervosas, mas o seu funcionamento ainda não é compreendido. Mas se isso for verdade, existem duas implicações: primeiro, "mede fundo" não é algo que as garotas dizem somente por questõs psicológias, e principalmente, tamanho importa.

A menina do lado



Filme de 1986 que conta a estória de um homem de meia-idade, jornalista que aluga uma casa de praia para escrever um livro, que se apaixona por uma menina de 14 anos. A menina é interpretada pela Flávia Monteiro, que na época tinha 14 anos. Um ótima escolha, ela tem aparência mesmo da garota do bairro, magricela, bonita, mas não muito. Segundo o site da Isto É Gente, ela viu uma nota no "O Globo" e se increveu para o teste. “Minha mãe me levou, escondida do meu pai. Passei nos testes de foto e de vídeo e, quando fui aprovada, o diretor me explicou como era a personagem”. Ela foi aceita, mas teve que pedir autorização para o pai: “Fiz uma reunião de família e chamei minha avó para segurar a fera. Ele acabou consentindo e me levou ao psicólogo, antes de começarem as filmagens.".

As cenas de sexo são boas, a roteirista teve que diriger a menina, que era virgem. “Havia uma cena de sexo mais intensa e ela me fez correr de um lado para o outro, para ficar com a respiração ofegante”, diz a atriz. Essa mesma atriz fez depois a Prof. Helena da novela Carrossel do SBT e recentemente posou para a Playboy. Mas na época atual de policiamento sobre tudo que pode significar pedofilia a revista so explorou o aspecto da professora do Carrossel, pouca referência ao filme.

Curioso notar a falta de moralismo do roteiro, me faz pensar na cultura brasileira, tropical e menos moralista, pelos menos a parte da cultura brasileira que fazia filmes na decada de 80. Em olita o protagonista se fode, no mais recente "Menina Santa", rodado na Argentina o protagonista só encoxa a menina e se fode.

De resto a estória é bem linear e sem grandes surpresas.

terça-feira, setembro 06, 2005

New York

Finalmente achei o texto sobre New York que estava procurando. Acho que eu tenho ele no meu bookmark, mas é mais fácil procurar no google do que no bookmark. Devia ter um plugin para o firefox que permitisse buscar na web, mas utilizando o seu bookmark como "dica".

O texto é escrito no estilo do Hitchhiker Guide to de Galaxy, algumas partes são citações do próprio guia, mas outras foram escritas por fãs. Outros tópicos do site também são muito bons.

quinta-feira, setembro 01, 2005

Notícias do Rádio

Acordo com a notícia no rádio de que 600 pessoas, a maioria mulheres e crianças, morreram no Iraque. As mortes foram causadas por um tumulto em uma monte, a maioria dos mortos foi pisoteada ou caiu no rio. Fiquei pensando na imagem da multidão na ponte se matando por desespero, acho que é uma descreção excelente da situação do Iraque.

Mais tarde, no caminho para a USP, a CBN transmite a discussão entre o Severino e o Gabeira. Severino diz para Gabeira: "A vossa excelência se restrinja a sua insignificância", hahahaha. Quando deputado quer xingar o outro de filho da puta diz: "A progenitora de vossa excelência não segue os canônes da moral judaico-cristã-ocidental".

No final do jornal eles fazem uma montagem com as palavras do Severino e com um discurso de Odorico Paraguaço, o político folclórico da
novela "O bem amado". O mais interessante é que foi difícil perceber quando que acabava a fala do Severino e começava a fala do personagem de Dias Gomes. E ai temos um excelente retrato da câmara.

Alila

Assisti ontem Alila do diretor Israelense Amos Gitai. Uma visão muito bonita do cotidiano de algumas pessoas, um casal divorciado com problemas com o filho, vizinhos brigando, imigrantes. Linda a cena em que a menina emigrante da Tailândia chora ouvindo um música do seu país, ou os pais com o filho de 18 anos no colo. Mas o que mais me chamou a atenção foi a estória de uma menina linda que tem um caso com um homem de meia idade casado. Ele é bem escroto e trata ela bastante mal, o que a deixa morrendo de tesão, uma arguta percepção da realidade, rsrs.

A cena de sexo dos dois no início do filme é excelente, uma das mais realistas que eu já vi no cinema. A maioria dos diretores tenta fazer cenas de sexo poéticas, estéticamente belos, só que esquecem de fazer cenas de sexo verossímeis. Para citar um exemplo recente, no Casa de Areia tem uma cena linda entre a Fernanda Torres e o Seu Jorge, o contraste da pela branca com a negra, a paisagem, etc, lindo, mas nínguem transa assim. Nesse filme não, transparece o tesão que os amantes sentem um pelo o outro: nos gestos, nos beijos e principalmente nos gemidos da atriz.